Economia cubana contrai 1,9% em 2023 e enfrenta cenário complexo devido à falta de divisas, acesso a crédito e baixos níveis produtivos.

A economia cubana enfrenta um cenário complexo em 2023, com uma contração de 1,9%, de acordo com o ministro da Economia, Joaquín Alonso. Em uma apresentação sobre o estado da economia na ilha comunista, Alonso destacou a falta de divisas, acesso a crédito e níveis produtivos baixos como desafios significativos.

O ministro apontou que a economia cubana segue os problemas do ano anterior, incluindo um alto déficit fiscal, inflação elevada e persistente, e alto endividamento externo. A inflação, embora tenha mostrado uma tendência de desaceleração desde 2023, ainda permanece em torno de 30%.

Em relação ao desempenho econômico, em 2023 a economia cubana contraiu 1,9%, uma cifra próxima aos 2% previstos por seu antecessor, Alejandro Gil. A produção de níquel, açúcar, mel e rum, entre outros produtos, não atingiu as receitas previstas. O turismo, uma atividade vital para a ilha, cresceu 1,8%, mas ainda ficou aquém das expectativas.

A crise econômica em Cuba, agravada pela pandemia, sanções dos Estados Unidos e fraquezas estruturais, levou o governo a congelar os preços de seis produtos, como frango, leite e óleo. Essas medidas são parte dos esforços para conter a alta nos mercados e lidar com a escassez de alimentos, medicamentos e combustível.

O ministro ressaltou que a reforma monetária em Cuba ainda não alcançou os resultados esperados. Com uma economia de planejamento centralizado e forte presença de empresas estatais, a ilha enfrenta uma crise sem precedentes em três décadas. Apagões, escassez e dificuldades econômicas persistem, desafiando as autoridades locais a encontrarem soluções viáveis para a situação.

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