Repórter Recife – PE – Brasil

Alerta do Ministério da Saúde: Feve oropouche pode ser transmitida verticalmente de mãe para bebê durante gestação, apontam evidências recentes.

Pesquisadores do Instituto Evandro Chagas (IEC), vinculado ao Ministério da Saúde, divulgaram recentemente descobertas alarmantes sobre a febre oropouche, uma doença transmitida por mosquitos, que levam a crer na possibilidade de transmissão vertical da doença da mãe para o feto durante a gestação. Essa revelação resultou na emissão de uma nota técnica pelo Ministério da Saúde, orientando os estados e municípios a redobrarem a vigilância e atenção a esse tipo específico de transmissão.

A investigação realizada pelo IEC identificou a presença de anticorpos contra o vírus em quatro bebês nascidos com microcefalia, além de material genético do vírus oropouche em um feto natimorto com 30 semanas de gestação. Apesar desses achados serem evidências da transmissão vertical do vírus, as limitações do estudo não permitem afirmar com certeza se a infecção durante a gestação é a causa das malformações neurológicas nos bebês.

Os estudos foram realizados no mês passado, com análises de amostras de soro e líquor de recém-nascidos, descartando outras infecções como zika e chikungunya, bem como outras doenças nas mães, como toxoplasmose e sífilis. A presença de anticorpos IgM contra o vírus oropouche foi detectada em quatro bebês com microcefalia, enquanto investigações laboratoriais encontraram material genético do vírus em um feto natimorto.

Com o aumento dos casos de febre oropouche no Brasil nos últimos anos, o Ministério da Saúde já havia emitido um alerta em maio sobre a disseminação da doença. Até a semana epidemiológica 27 de 2024, foram confirmados 7.044 casos da doença em 16 unidades federativas, com transmissão autóctone.

Diante das novas evidências de transmissão vertical, o Ministério da Saúde reforçou a importância de medidas preventivas, como intensificação da vigilância, controle de vetores e orientação às gestantes. A colaboração entre autoridades de saúde e a população é essencial para o controle da febre oropouche e a proteção da saúde das gestantes e recém-nascidos. É fundamental uma vigilância contínua e resposta rápida para enfrentar esse desafio de saúde pública.

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