China suspende negociações nucleares com EUA devido a vendas de armas para Taiwan, Biden e Xi Jinping sem respostas.

China suspende negociações com os EUA sobre controle e não proliferação de armas nucleares

Na última quarta-feira (17), a China surpreendeu ao anunciar a suspensão das negociações com os Estados Unidos sobre controle e não proliferação de armas nucleares. Essa decisão veio como resposta às constantes vendas de armamento que Washington tem realizado em direção à ilha de Taiwan.

As relações entre Estados Unidos e China já estavam em um momento delicado, com tensões não apenas sobre armamentos, mas também em outras questões políticas e econômicas. Em novembro do ano passado, ambos os países haviam iniciado conversas para tentar melhorar o relacionamento, visando uma cúpula entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping.

No entanto, desde então, as negociações não avançaram e a China não respondeu às propostas dos Estados Unidos para redução de riscos. Diante desse impasse, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, justificou a suspensão das negociações, alegando que as vendas de armas a Taiwan têm prejudicado gravemente os interesses do país asiático.

Vale ressaltar que a China considera Taiwan parte de seu território e nunca descartou a possibilidade de utilizar a força para retomar o controle da ilha. Apesar de Taiwan possuir um governo autônomo e dos Estados Unidos terem alterado seu reconhecimento diplomático para Pequim em 1979, o país norte-americano continua apoiando Taiwan e fornecendo armamentos.

O cenário se torna ainda mais tenso com o alerta feito pelo Pentágono em outubro do ano passado, indicando que a China está acelerando seu desenvolvimento nuclear, com previsão de ultrapassar mil ogivas nucleares até 2030. Especialistas do Instituto de Pesquisa Internacional para a Paz de Estocolmo destacam que a China possui atualmente 410 ogivas, enquanto os Estados Unidos têm mais de 3.700 e a Rússia quase 4.500.

Diante dessa escalada de conflitos, os Estados Unidos se manifestaram lamentando a decisão da China e apontando que ela mina a estabilidade estratégica. Enquanto a China afirma estar disposta a manter a comunicação com os EUA, desde que haja respeito mútuo e consideração aos interesses fundamentais do país asiático. A situação entre as duas potências mundiais continua sendo um dos principais focos de preocupação para a comunidade internacional.

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