Dez anos após a queda do avião MH17, familiares das vítimas descrevem poucas esperanças de ver os responsáveis na prisão.

Após uma década da queda do avião MH17, que ocorreu nos céus da Ucrânia, os familiares das 298 vítimas enfrentam a realidade de que os responsáveis pelo trágico evento podem não ser presos. A aeronave decolou do aeroporto de Amsterdam-Schiphol com destino a Kuala Lumpur em 17 de julho de 2014, quando foi abatida por um míssil de fabricação russa em uma região da Ucrânia controlada por separatistas pró-Moscou, resultando na morte de todas as pessoas a bordo.

Neste décimo aniversário da tragédia, centenas de familiares das vítimas se reuniram perto do aeroporto de Amsterdam-Schiphol para participar de um evento em homenagem aos entes queridos perdidos. Durante a cerimônia, os nomes de todas as vítimas, em sua maioria holandesas, mas também malaias e australianas, foram lidos em voz alta.

A Justiça holandesa conseguiu condenar três homens à prisão perpétua em 2022 por seu papel no desastre, incluindo dois russos, entretanto, Moscou se recusou a cooperar e extraditar os suspeitos para que sejam julgados. No ano passado, investigadores internacionais suspenderam suas investigações alegando a falta de provas suficientes para processar os suspeitos.

Para Evert van Zijtveld, que perdeu vários familiares na queda do avião, incluindo sua filha e seu filho, a perspectiva de que os responsáveis cumpram pena é incerta. O governo australiano também reiterou seu compromisso em responsabilizar a Rússia pelo trágico evento.

Apesar das condenações à prisão perpétua de alguns envolvidos, a recusa de Moscou em cooperar, somada à suspensão das investigações e à dificuldade em estabelecer culpados, torna incerto o cenário para a captura e condenação dos responsáveis pelo abatimento do voo MH17.

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