Neste décimo aniversário da tragédia, centenas de familiares das vítimas se reuniram perto do aeroporto de Amsterdam-Schiphol para participar de um evento em homenagem aos entes queridos perdidos. Durante a cerimônia, os nomes de todas as vítimas, em sua maioria holandesas, mas também malaias e australianas, foram lidos em voz alta.
A Justiça holandesa conseguiu condenar três homens à prisão perpétua em 2022 por seu papel no desastre, incluindo dois russos, entretanto, Moscou se recusou a cooperar e extraditar os suspeitos para que sejam julgados. No ano passado, investigadores internacionais suspenderam suas investigações alegando a falta de provas suficientes para processar os suspeitos.
Para Evert van Zijtveld, que perdeu vários familiares na queda do avião, incluindo sua filha e seu filho, a perspectiva de que os responsáveis cumpram pena é incerta. O governo australiano também reiterou seu compromisso em responsabilizar a Rússia pelo trágico evento.
Apesar das condenações à prisão perpétua de alguns envolvidos, a recusa de Moscou em cooperar, somada à suspensão das investigações e à dificuldade em estabelecer culpados, torna incerto o cenário para a captura e condenação dos responsáveis pelo abatimento do voo MH17.