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Justiça determina expulsão de aposentada e filho por comportamento antissocial e racismo em condomínio na capital paulista

A justiça de São Paulo tomou uma decisão que gerou bastante repercussão na última semana. A aposentada Elisabeth Morrone e seu filho foram obrigados a deixar o condomínio onde moram na Barra Funda, zona oeste da capital paulista, devido a um episódio de racismo contra o humorista e músico Eddy Júnior, ocorrido em outubro de 2022. A sentença estabeleceu um prazo de 90 dias para que saiam do local.

A determinação foi feita pela juíza Laura de Mattos Almeida, da 29ª Vara Cível, que considerou o comportamento antissocial dos moradores como motivo para a expulsão. Caso não cumpram a decisão, medidas coercitivas podem ser adotadas para que deixem o prédio. A administração do Condomínio United Home & Work foi a responsável por solicitar a expulsão, alegando problemas relacionados ao período em que Elisabeth Morrone e seu filho residiram no local.

A juíza justificou a decisão afirmando que o comportamento antissocial dos réus afetava o convívio harmônico com os demais condôminos, o que justificava a restrição do direito de propriedade. Mesmo após a expulsão, Elisabeth mantém o direito de propriedade do apartamento, podendo optar por alugar ou vender o imóvel. Além da saída do condomínio, a aposentada ainda recebeu duas multas, uma no valor de R$ 1.646,13 e outra de R$ 5.259,6.

Elisabeth Morrone e seu filho se tornaram réus em julho de 2023 por crime de ameaça, injúria racial e agressão contra Eddy Júnior. Os dois teriam proferido ofensas racistas e feito ameaças ao humorista, o que resultou no processo que culminou na determinação de deixarem o condomínio. A reportagem da Agência Brasil está tentando contato com a defesa de Morrone para mais esclarecimentos sobre o caso.

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