A diretora do Lacen-PE, Keilla Paz, destacou a importância da realização desses testes para a identificação de arbovírus circulantes na região. Ela ressaltou que a vigilância laboratorial deve ser constante para evitar subnotificações nos sistemas de saúde pública. Além disso, a SES-PE está investigando uma possível relação entre a febre do Oropouche e a morte de um feto de 30 semanas, um caso inédito na literatura científica.
Eduardo Bezerra, diretor de Vigilância Ambiental da SES-PE, explicou que a maioria dos casos ocorre na Zona da Mata devido à alta umidade da região, que favorece a circulação do vírus. O Oropouche é transmitido principalmente pelo mosquito maruim e pela muriçoca, apresentando sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya. Essa transmissão por vetores diferentes gera desafios para o enfrentamento da doença, tornando fundamental a adoção de medidas de prevenção, como o uso de roupas que protejam a pele, repelentes e a eliminação de criadouros.
Portanto, é crucial que a população esteja ciente dos riscos e adote práticas que reduzam a exposição aos vetores da febre do Oropouche. O enfrentamento da doença requer uma abordagem integrada entre a saúde pública e a comunidade, visando a redução dos casos e a proteção da população contra essa grave enfermidade. A vigilância contínua é fundamental para garantir a detecção precoce e o controle eficaz do Oropouche em Pernambuco.