De acordo com os dados apresentados, pela primeira vez o número de furtos de celulares superou o de roubos, com 494.295 casos de furto contra 442.999 casos de roubo, resultando em um total de 937.294 ocorrências. Ainda que os números sejam elevados, houve uma redução de 4,7% em comparação com o ano anterior.
O estudo apontou que os celulares estão se tornando cada vez mais centrais na dinâmica dos crimes patrimoniais, sendo frequentemente utilizados como porta de entrada para outras modalidades de crimes em ascensão, como estelionatos e golpes virtuais. Empresas como Samsung, Apple e Motorola foram as mais visadas pelos criminosos, com destaque para os iPhones que representaram uma em cada quatro subtrações de aparelhos, apesar de corresponderem a apenas 10% do mercado nacional.
Os criminosos preferem agir em vias públicas, principalmente em dias de semana, entre segunda e sexta-feira, nos horários de pico, quando a população está em deslocamento nas grandes cidades. Já os furtos de celulares tendem a ocorrer nos finais de semana, em horários com menor movimento, como pela manhã ou no final da tarde.
Cidades como Manaus, Teresina, São Paulo, Salvador e Lauro de Freitas (BA) apresentaram as maiores taxas de roubo e furto de celulares, com destaque para a capital paulista que registrou 1.781,6 ocorrências a cada 100 mil habitantes. O anuário também revelou um aumento expressivo de estelionatos, com um golpe a cada 16 segundos em 2023.
Diante desse cenário preocupante, o coordenador de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, David Marques, ressaltou a importância dos celulares na atual dinâmica criminal do país, evidenciando a necessidade de medidas para coibir tais práticas. O Anuário Brasileiro de Segurança Pública, que baseia suas informações em fontes oficiais da Segurança Pública, é uma ferramenta fundamental para a compreensão e combate desses índices alarmantes.
