Pela primeira vez, o número de furtos de celulares superou o de roubos, com 494.295 furtos e 442.999 casos de roubo registrados. Apesar disso, houve uma redução de 4,7% nos números de roubos e furtos em relação a 2022. Isso demonstra a centralidade que os aparelhos celulares ocupam na dinâmica dos crimes patrimoniais na atualidade.
Os dados revelam que os celulares se tornaram porta de entrada para outras modalidades criminosas em ascensão, como estelionatos e golpes virtuais. A marca mais visada pelos criminosos foi a Samsung, seguida pela Apple e pela Motorola. Apesar de representarem apenas 10% do mercado nacional, os iPhones foram alvo de uma em cada quatro subtrações de aparelhos.
Os dados também apontam que os crimes ocorrem com mais frequência em vias públicas, principalmente em dias de semana, entre 5h e 7h da manhã e entre 18h e 22h. No caso dos furtos, as vias públicas responderam por 44% dos registros, enquanto os estabelecimentos comerciais/financeiros e residências também foram locais frequentes para esses delitos.
As cidades com as maiores taxas de roubo e furto de celulares foram identificadas, com destaque para Manaus, Teresina, São Paulo, Salvador e Lauro de Freitas (BA). O anuário ainda revelou que os roubos de rua têm dado lugar aos estelionatos como preferência criminosa, com um golpe sendo aplicado a cada 16 segundos em 2023.
Em suma, o panorama da segurança pública brasileira reflete a importância dos celulares no cenário criminoso atual, e os desafios crescentes relacionados aos crimes virtuais e patrimoniais. Tais informações são fundamentais para orientar políticas e ações visando a redução desses índices e a proteção da população.
