CIJ declara ocupação israelense dos territórios palestinos “ilegal” e pede fim urgente, dizendo que Israel não tem direito à soberania.

A decisão da Corte Internacional de Justiça (CIJ) emitida nesta sexta-feira, 19, sobre a ilegalidade da ocupação israelense nos territórios palestinos, gerou um grande impacto internacional. O tribunal, embora suas decisões não sejam vinculativas, destacou que Israel não tem direito à soberania nessas regiões, desrespeitando leis internacionais contra a obtenção de territórios pela força e violando o direito dos palestinos à autodeterminação.

A CIJ também alertou outras nações a não fornecerem assistência para manter a presença de Israel nos territórios ocupados. Além disso, a corte pediu o fim imediato da construção de assentamentos israelenses e a remoção dos já existentes. Essa decisão trouxe à tona questões cruciais sobre a legalidade das políticas de Israel na região.

O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, reagiu à decisão classificando-a como uma “mentira”, defendendo os territórios ocupados como parte da “pátria histórica” do povo judeu. No entanto, a ampla repercussão da decisão pode impactar nas relações internacionais de Israel, especialmente em meio às discussões sobre um cessar-fogo com o Hamas.

A solicitação da opinião consultiva da CIJ foi feita pela Assembleia Geral da ONU, que busca esclarecer as consequências jurídicas das políticas de Israel nos territórios ocupados, incluindo Jerusalém Oriental. Enquanto a Autoridade Palestina celebrou a decisão histórica da corte, exigindo sua implementação, o Hamas instou a comunidade internacional a agir imediatamente para pôr fim à ocupação.

Israel capturou a Cisjordânia, Jerusalém Oriental e a Faixa de Gaza em 1967, sendo os palestinos em busca de um estado independente nas três regiões. Enquanto isso, o debate sobre as políticas de Israel nos territórios ocupados continua, e a pressão internacional sobre o país se intensifica. A posição dos Estados Unidos em defesa de Israel também desempenha um papel fundamental nessa questão complexa.

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