Em Bucareste, capital da Romênia, Alexandre Tudor relata que é impossível dormir sem ar condicionado. A situação se repete em toda a região, com picos de calor afetando diversas áreas. O professor Ilan Kelman, do University College de Londres, alerta que essa é uma consequência direta da mudança climática provocada pela atividade humana e tende a piorar se medidas não forem tomadas.
Os efeitos do calor extremo já são visíveis em diversos locais. O aeroporto húngaro de Debrecen teve que ser fechado temporariamente devido aos danos causados pelo clima. Na Romênia, cortes de eletricidade estão se tornando uma realidade nos hospitais, com picos de consumo de ar condicionado.
A situação se agrava com a ocorrência de incêndios florestais em países como Macedônia do Norte, Albânia e Bulgária. Além disso, temperaturas recordes têm sido registradas em diferentes localidades, aumentando o risco de mortes relacionadas ao calor.
Especialistas alertam que as ondas de calor serão mais frequentes e intensas no futuro, devido à mudança climática. A necessidade de adaptação das infraestruturas e dos hábitos das cidades europeias é destacada como uma medida crucial para lidar com as condições extremas que se aproximam.
Na Itália, o calor intenso tem provocado uma invasão de gafanhotos em várias regiões, enquanto cidades como Roma e Florença enfrentam alertas devido às altas temperaturas. Medidas como a proibição de trabalhar ao ar livre em determinados horários estão sendo adotadas para proteger a população.
Portugal e Espanha não escapam dos efeitos da onda de calor, com risco de incêndios florestais e previsões de temperaturas acima dos 40ºC. A situação climática na Europa exige uma ação imediata para mitigar os impactos e enfrentar os desafios que se apresentam.
