O estudo, divulgado na revista científica Nature Communications, apresentou resultados positivos após testes realizados em um pequeno grupo de macacos. A eficácia da vacina foi comprovada quando os pesquisadores expuseram os animais ao vírus da gripe aviária H5N1, altamente patogênico. Aqueles que receberam a vacina tiveram uma taxa de sobrevivência de 54,5%, enquanto os macacos não imunizados não resistiram à infecção.
O método inovador desta vacina consiste em utilizar um vírus diferente, o citomegalovírus (CMV), como vetor para carregar fragmentos do Influenza até o sistema imunológico. Essa abordagem mostra-se promissora por induzir uma resposta imunológica mais ampla, envolvendo as células T, que são capazes de reconhecer e atacar várias variantes do vírus.
Os pesquisadores destacam que a vacina foi baseada na versão do vírus H1N1 que causou a gripe espanhola em 1918, e não na cepa H5N1 utilizada nos testes. Isso demonstra a versatilidade da vacina, que pode ser adaptada para combater diferentes tipos de Influenza.
A expectativa dos cientistas é que essa vacina revolucionária possa estar disponível em um período de cinco anos ou menos, representando um avanço significativo na proteção contra doenças virais, incluindo potenciais pandemias. A comunidade científica vê com entusiasmo essa nova abordagem e os resultados promissores obtidos até o momento.