Sétimo caso de cura do HIV é anunciado por cientistas alemães em paciente de 60 anos em Berlim.

Na última quinta-feira, dia 18, cientistas alemães divulgaram o sétimo caso de uma possível cura do HIV. Neste caso, um homem de 60 anos superou a infecção após passar por um transplante de medula óssea para tratar uma leucemia. O doador escolhido possuía uma mutação genética que o tornava resistente ao vírus, um padrão semelhante aos relatos anteriores de cura do HIV.

Embora o transplante de medula óssea tenha se mostrado eficaz em alguns casos específicos, não se trata de uma alternativa amplamente viável de tratamento para todos os portadores do vírus. Os procedimentos envolvidos apresentam riscos, nem sempre garantem sucesso e a escassez de doadores com a mutação genética desejada torna a abordagem limitada em sua aplicação em larga escala.

No entanto, houve uma diferença significativa no recente caso de cura, que pode impulsionar a investigação de novos tratamentos em busca de uma cura global contra o HIV. A mutação genética CCR5Δ32/Δ32, presente no doador do paciente em questão, impede a produção da proteína CCR5, um receptor na superfície das células T CD4 do sistema imunológico, que serve como uma porta de entrada para o vírus HIV.

No caso mais recente, o doador possuía apenas uma cópia do gene mutante, algo mais comum de se encontrar na população em comparação com a herança de duas cópias do gene mutante. Apesar disso, o paciente atingiu um estado de eliminação do vírus, o que representa um avanço significativo na busca por métodos de cura do HIV.

Os pesquisadores estão explorando novas abordagens terapêuticas, como o uso da técnica CRISPR, que permite cortes precisos no material genético para remover o gene responsável pela produção do receptor CCR5 nas células de indivíduos infectados pelo HIV. Essas descobertas fornecem esperança para o desenvolvimento de novos tratamentos que possam viabilizar a erradicação completa do vírus.

O paciente, conhecido como o “novo paciente de Berlim”, optou por manter sua identidade em sigilo. Diagnosticado com HIV em 2009 e posteriormente com leucemia em 2015, ele recebeu o transplante de medula óssea que resultou na eliminação do vírus HIV de seu organismo. A comunidade científica aguarda com expectativa a apresentação do caso na 25ª conferência internacional de AIDS em Munique, Alemanha, no dia 25.

Em suma, o avanço representado por esse caso de possível cura do HIV traz novas perspectivas para o desenvolvimento de terapias inovadoras e a busca contínua por uma solução definitiva para uma das maiores pandemias da nossa era.

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