Dos R$ 15 bilhões que serão congelados, R$ 11,2 bilhões serão bloqueados, enquanto R$ 3,8 bilhões serão contingenciados. Tanto o bloqueio quanto o contingenciamento representam cortes temporários de gastos. O bloqueio ocorre quando os gastos do governo excedem o limite estabelecido de 70% do crescimento da receita acima da inflação, enquanto o contingenciamento é feito quando há falta de receitas que comprometem o cumprimento da meta de resultado primário.
A distribuição dos cortes entre os ministérios só será divulgada no final do mês, quando um decreto presidencial com os limites de gastos por pasta for publicado. Conforme a legislação, o detalhamento do congelamento deverá ser disponibilizado até dez dias após o envio do relatório ao Congresso.
Em março, o governo já havia bloqueado R$ 2,9 bilhões em gastos discricionários do Orçamento para cumprir o limite de gastos do arcabouço fiscal. No entanto, com a aprovação da lei que restabeleceu a cobrança do Seguro DPVAT, o governo liberou os R$ 2,9 bilhões em maio, pois a legislação continha uma disposição que permitia a liberação de recursos se a arrecadação superasse as expectativas.
Assim, os cortes e contingenciamentos no Orçamento refletem a preocupação do governo em manter a responsabilidade fiscal e cumprir as metas estabelecidas, mesmo diante de pressões econômicas e políticas.