De acordo com um levantamento do site Bolavip Brasil, realizado em maio deste ano, as bets já representavam quatro em cada cinco patrocínios aos times da primeira divisão do Brasileirão. Algumas delas ocupam o posto máster, o mais destacado nos uniformes dos jogadores. Até o momento pré-regulamentação, os investimentos dessas empresas foram em valores bem acima dos praticados por marcas de outros segmentos, o que gerou certa instabilidade nesse mercado.
Um exemplo recente dessa dinâmica foi a substituição da Galera.bet pela Pixbet como patrocinadora do futebol masculino do Corinthians em 2022. A proposta financeira mais vantajosa da Pixbet fez com que a empresa assumisse o lugar de destaque no uniforme alvinegro. No entanto, em 2023, o clube recebeu uma oferta recorde de R$ 360 milhões da Vai de Bet para renovar o contrato, mas esta foi encerrada em junho devido a uma investigação policial sobre o uso do dinheiro.
Com a regulamentação das apostas esportivas no Brasil, espera-se que a competição entre as empresas seja mais equilibrada. A exigência de pagamento de uma outorga pela licença para operar por cinco anos tende a afastar as empresas menos sólidas e reduzir a quantidade de bets disputando espaço publicitário no futebol nacional. Especialistas do setor acreditam que a regulamentação vai trazer mais transparência e estabilidade para o mercado, além de atrair novos concorrentes.
Portanto, a regulação das apostas esportivas no Brasil promete transformar o cenário atual e trazer mais organização e segurança para esse segmento, que tem se mostrado essencial para a sustentabilidade financeira dos clubes de futebol do país.
