O ex-presidente ainda não fez nenhum apoio explícito a Harris, nem a mencionou em seu tributo emocional a Biden, publicado logo após o anúncio da retirada do atual presidente. No entanto, Obama ressaltou a importância de Biden e a confiança em um processo para a escolha de um candidato excepcional.
Os republicanos interpretaram a falta de apoio de Obama como uma afronta, porém pessoas próximas a ele afirmam que isso não deve ser superestimado, já que Obama procura manter uma postura imparcial e não quer influenciar prematuramente as decisões partidárias.
Obama adota a postura de não endossar candidatos muito cedo, seguindo sua frase preferida “Eu não quero desequilibrar a balança”. Ele prefere ajudar a unir o partido em torno de um candidato após sua escolha.
Além disso, considerações políticas e questões pessoais como a relação com Biden influenciam a postura de Obama. Biden ainda guarda rancor da suposta falta de apoio de Obama em 2016 e durante suas próprias aspirações presidenciais.
Obama prefere manter o foco nas conquistas de Biden e adotar uma postura de espera, sem pressa para se posicionar, privilegiando a celebração do legado de Biden. Assim, o ex-presidente espera agir no momento certo para fortalecer a unidade do partido em torno de um candidato escolhido.
Portanto, por questões políticas, pessoais e estratégicas, Obama permanece deliberadamente neutro na corrida eleitoral em apoio a Kamala Harris.