Embora ainda precise ser oficializada na convenção do partido marcada para agosto, a vice-presidente recebeu o apoio de importantes lideranças democratas, como Clinton, Obama e Nancy Pelosi. O professor José Niemeyer, de Relações Internacionais da Ibmec-RJ, ressaltou que a maioria das figuras influentes no partido estão ao lado de Kamala, o que fortalece sua posição como favorita na disputa.
Por outro lado, a governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, também demonstrou apoio a Kamala Harris, destacando a importância da união para alcançar a vitória. Para o presidente do Conselho Diretivo do Washington Brazil Office (WBO), James N. Green, lançar-se contra a vice-presidente seria uma atitude contraproducente, dado o apoio maciço que ela recebeu.
Green também ressaltou a importância da escolha do vice de Kamala Harris, que deve mobilizar o partido democrata. Além disso, ele acredita que a indicação da vice-presidente muda o cenário eleitoral e aumenta as chances de derrotar o atual presidente, Donald Trump.
No que diz respeito ao financiamento da campanha, surgiram questionamentos sobre a possibilidade de transferir os cerca de US$ 95 milhões arrecadados quando Joe Biden era o candidato para apoiar a campanha de Kamala. No entanto, segundo especialistas, essas doações devem ser mantidas devido à posição de vice-presidente ocupada por Harris.
A indicação de Kamala por Biden resultou em uma grande onda de doações, com cerca de US$ 50 milhões arrecadados em um único dia, provenientes de doadores comuns. Esse apoio financeiro robusto pode ser um indicativo do respaldo popular que a candidatura da vice-presidente pode receber nas eleições presidenciais.