Repórter Recife – PE – Brasil

Ministério da Saúde investe para reduzir filas de cirurgias no SUS e desafogar o sistema de saúde público.

Ministério da Saúde Intensifica Ações para Reduzir Filas de Cirurgias no SUS

O Sistema Único de Saúde (SUS) enfrenta uma demanda represada de cirurgias, resultado do envelhecimento da população, migração de usuários de planos de saúde para hospitais públicos e os impactos da pandemia de Covid-19. Diante desse cenário, o Ministério da Saúde tem atuado em diversas frentes para tentar reduzir as filas de cirurgias, tanto simples quanto complexas, e aliviar a sobrecarga sobre o sistema.

Uma das estratégias adotadas pelo governo foi o investimento de R$ 600 milhões no Programa Nacional de Redução de Filas, que visa ampliar o acesso a cirurgias, exames e consultas. Dados do ministério apontam que entre março do ano passado e abril deste ano, cerca de 958 mil cirurgias eletivas foram realizadas por meio desse programa. Para 2024, está previsto um investimento de R$ 1,2 bilhão, com a meta de realizar 1,6 milhão de cirurgias.

Apesar dos avanços na realização de procedimentos simples, como a correção de cataratas, a demanda por cirurgias complexas ainda persiste e desafia o sistema de saúde. O Ministério da Saúde informou que, em novembro de 2023, mais de 1 milhão de pessoas estavam na fila do SUS aguardando por cirurgias eletivas em todo o país. No entanto, o programa de redução de filas já superou suas metas em dois ciclos, realizando um total de 1.087.084 cirurgias.

Para lidar com essa demanda, o governo lançou o programa Mais Acesso a Especialistas, com um investimento de R$ 1 bilhão. A iniciativa visa simplificar o atendimento, concentrando exames e consultas em unidades de saúde próximas à residência do paciente e, quando possível, realizando atendimentos por telessaúde. Além disso, o programa busca ampliar o acesso a especialidades como oftalmologia, ortopedia e cardiologia, utilizando a tecnologia para superar as barreiras geográficas.

No entanto, apesar dos esforços do governo, ainda existem desafios a serem superados. A fragmentação das filas, a falta de um sistema centralizado de atendimento e a desigualdade na distribuição de recursos e profissionais de saúde pelo país são questões que dificultam o acesso a procedimentos complexos no SUS. Especialistas apontam a necessidade de maior integração das gestões federal, estadual e municipal, bem como investimentos em tecnologia e formação de profissionais para melhorar a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde no país.

Diante desse cenário, o governo federal anunciou a implementação de novas políticas, como a aba de acompanhamento de consultas, exames e procedimentos no aplicativo SUS Digital. A intenção é melhorar a gestão das filas de cirurgias e garantir um atendimento mais ágil e eficaz para os usuários do sistema de saúde. Com essas iniciativas, o Ministério da Saúde busca enfrentar os desafios e garantir um atendimento de qualidade para a população brasileira, mesmo em meio às dificuldades enfrentadas pelo sistema de saúde pública.

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