Repórter Recife – PE – Brasil

Ministro da Agricultura destaca importância do autoembargo para garantir segurança no mercado externo de carne de aves

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, destacou em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (22), na cidade de São Paulo, a importância da decisão do governo brasileiro em adotar o autoembargo nas exportações de carne de aves e seus produtos. A ação foi tomada após a confirmação de um caso da doença de Newcastle no Rio Grande do Sul, com o objetivo de garantir a segurança do mercado externo e evitar possíveis riscos adicionais.

Após a identificação do caso da doença em uma granja no município de Anta Gorda, no Rio Grande do Sul, o Ministério da Agricultura determinou a suspensão preventiva das exportações de produtos avícolas para 44 países, estabelecendo diferentes zonas de restrição com base na proximidade do local afetado. O ministro explicou que essa estratégia foi adotada visando evitar a impressão de que os casos da doença estavam se multiplicando, optando por fechar o estado de forma transparente e demonstrando que se tratava de um caso isolado.

Fávaro ressaltou que o protocolo de segurança foi seguido rigorosamente, com a eliminação dos animais infectados, seu isolamento e outras medidas preventivas. Ele também informou que o governo tem realizado reuniões diárias com os países compradores de carne de frango para reduzir as áreas de restrição do autoembargo, visando a rápida retomada das exportações.

Além disso, durante o evento na Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), o ministro anunciou a possibilidade de anistia de dívidas para produtores gaúchos afetados por chuvas e enchentes. Ele afirmou que uma medida provisória nesse sentido está em processo de elaboração e deverá ser publicada até o dia 30 de julho, abordando a anistia das dívidas de custeio e investimento para os anos de 2024 e 2025.

Carlos Fávaro também aproveitou a ocasião para falar sobre o lançamento do Plano Safra e pedir paciência ao setor agropecuário em relação aos atrasos ocorridos. Ele explicou que o programa estava pronto desde o dia 26 de junho, mas a divulgação foi adiada devido a compromissos na agenda do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ministro ressaltou a importância do setor para a economia nacional e defendeu a abertura de mercados e o estímulo ao crescimento, enquanto expressava preocupação com a crescente intolerância política atual.

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