Esses migrantes, oriundos em sua maioria da Venezuela, América Central e África, se reuniram na cidade de Tecun Umán, localizada na Guatemala. No domingo, cruzaram a fronteira sul em direção a Tapachula, onde mais pessoas se uniram à marcha, seguindo pela rodovia em busca de seus objetivos.
Alguns dos migrantes alegaram que o Instituto Nacional de Migração do México está retardando a entrega dos salvo-condutos necessários para que possam seguir seu caminho para o norte sem receio de serem deportados. Em meio a essa situação, a salvadorenha Ana Pérez, acompanhada de seus dois filhos e que afirma ter perdido um olho em um ataque de gangues em seu país, denunciou abusos sofridos por parte das autoridades de imigração mexicanas.
A migração é um tema que permanece latente nos Estados Unidos, tornando-se ainda mais relevante no contexto das eleições presidenciais que ocorrerão em 5 de novembro. O ex-presidente republicano Donald Trump fez promessas relacionadas à imigração em sua campanha, como a conclusão do muro na fronteira com o México e planos de deportação em caso de vitória nas eleições.
José Luis Sánchez, um dos migrantes, mencionou que a jornada em que estão envolvidos tem como objetivo melhorar suas vidas e que estão agindo de forma pacífica e obedecendo a Deus. É importante destacar que muitos migrantes atravessam o México diariamente em direção aos Estados Unidos, buscando fugir da pobreza e da violência em seus países de origem, embora enfrentem diversos desafios no caminho, como o crime organizado, a extorsão de autoridades e acidentes.
De acordo com informações do governo, nos primeiros cinco meses de 2024, aproximadamente 1,39 milhão de migrantes irregulares passaram pelo território mexicano, sendo a maioria proveniente da Venezuela, seguida por Guatemala, Honduras, Equador e Haiti. A travessia desses migrantes pelo país é um reflexo das dificuldades que enfrentam em seus locais de origem.