Repórter Recife – PE – Brasil

OMS preocupada com possíveis epidemias na Faixa de Gaza após descoberta de poliovírus em águas residuais, alerta especialista

A Organização Mundial da Saúde (OMS) divulgou nesta terça-feira (23) uma declaração de extrema preocupação com possíveis epidemias na Faixa de Gaza. A descoberta do poliovírus tipo 2 em amostras de águas residuais levanta o alerta para a disseminação de doenças transmissíveis na região.

Ayadil Saparbekov, líder da equipe da OMS para emergências de saúde nos territórios palestinos, expressou sua apreensão durante uma videoconferência. Ele ressaltou que a presença do poliovírus tipo 2, assim como a confirmação de hepatite A no ano anterior, pode resultar em um cenário propício para epidemias. Além disso, a falta de infraestrutura médica em Gaza pode deixar até 14 mil pessoas desamparadas em caso de necessidade de evacuação médica.

A poliomielite, doença altamente contagiosa causada pelo poliovírus, representa um grande desafio para a saúde pública na região. Amostras de vigilância ambiental obtidas pela Rede Global de Laboratórios de Poliomielite revelaram a presença do poliovírus tipo 2 derivado de uma cepa vacinal.

Saparbekov explicou que, devido à falta de equipamentos e capacidade laboratorial, ainda não foi possível coletar amostras humanas para análise. Uma equipe da OMS e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) planeja deslocar-se até Gaza para coletar amostras humanas e avaliar a propagação do poliovírus.

Com a escalada do conflito em Gaza, a situação de crise na região se agrava, tornando ainda mais complicado o enfrentamento de possíveis epidemias. Diante desse cenário preocupante, a OMS e seus parceiros avaliam medidas e recomendações que possam ser adotadas para conter a propagação do poliovírus e prevenir o surgimento de outras doenças transmissíveis.

A população de Gaza enfrenta um desafio duplo, com as consequências da guerra e a ameaça iminente de epidemias. A falta de acesso a água potável e condições adequadas de saneamento torna a situação ainda mais crítica. O trabalho das autoridades de saúde e organismos internacionais é fundamental para lidar com essa crise e proteger a população vulnerável da região.

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