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Pernambuco registra 82 casos de febre do Oropouche e investiga possível relação com morte de feto

Nesta segunda-feira, a Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco confirmou mais 10 casos de febre do Oropouche, elevando o total de registros da doença no estado para 82. O vírus Oropouche foi identificado em pacientes de 13 municípios pernambucanos, incluindo Jaqueira, Pombos, Palmares, Água Preta, Moreno, Xexéu, Maraial, Cabo de Santo Agostinho, Rio Formoso, Timbaúba, Itamaracá, Jaboatão dos Guararapes, Catende e Camaragibe.

Os últimos casos confirmados ocorreram em Jaqueira e Camaragibe, de acordo com a SES-PE. Na semana anterior, mais de 59 casos foram confirmados, totalizando 72 naquela ocasião. Além disso, a secretaria está investigando a possível relação entre a febre do Oropouche e a morte de um feto com 30 semanas de gestação, ocorrida em Rio Formoso, fato inédito na literatura científica.

Os exames para confirmar as notificações são realizados pelo Laboratório Central de Pernambuco (Lacen/PE). A febre do Oropouche é transmitida principalmente pelos mosquitos maruim e muriçoca, apresentando sintomas semelhantes aos da dengue e chikungunya.

No Brasil, o Ministério da Saúde está investigando três mortes suspeitas de febre do Oropouche, sendo uma em Santa Catarina e duas na Bahia. Caso confirmadas, seriam as primeiras mortes pela doença documentadas no mundo. O país registrou mais de 7 mil casos da doença este ano.

O diretor-geral de Vigilância Ambiental da SES-PE, Eduardo Bezerra, explicou que a predominância de casos na Zona da Mata se deve à maior ocorrência do vírus em regiões úmidas. A doença é causada por um arbovírus diferente da dengue, zika e chikungunya, sendo transmitida por mosquitos culicídeos.

Para combater a febre do Oropouche, é essencial evitar a exposição a picadas, utilizando roupas protetoras e repelentes adequados. A disseminação de conhecimento sobre a doença é crucial para prevenção, diagnóstico e tratamento adequado, contribuindo para a redução da morbidade e mortalidade. A doença pode causar surtos significativos, especialmente em áreas tropicais e subtropicais, com sintomas como febre alta, dor de cabeça e dores musculares e articulares.

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