No entanto, mesmo com o aumento dos preços, houve uma redução no número de pessoas sem condições de pagar por uma dieta saudável no Brasil. Em 2017, eram 57,2 milhões de brasileiros nessa situação, representando 27,4% da população do país. Já em 2022, esse número caiu para 54,4 milhões, ou 25,3%.
Apesar da melhora, a pandemia da covid-19 interrompeu o progresso que vinha sendo observado nos anos anteriores. Em 2020, houve um avanço significativo, com 42,1 milhões de pessoas conseguindo ter acesso a uma alimentação saudável. Contudo, em 2023, a redução da insegurança alimentar grave no Brasil é celebrada, mas ainda há desafios a serem superados em relação ao acesso a alimentos de qualidade.
Natalia Oliveira, nutricionista e assessora técnica do CFN, destaca a importância de políticas públicas que incentivem uma alimentação saudável, ressaltando a necessidade de melhorias nesse sentido. Recomenda-se que as pessoas adotem práticas alimentares que valorizem alimentos regionais e consumam uma variedade de grupos alimentares para garantir uma dieta equilibrada e segura.
Em suma, o cenário alimentar no Brasil reflete os desafios enfrentados pela população em meio ao aumento dos preços dos alimentos, mas também demonstra avanços em termos de acesso a uma dieta saudável. O papel das políticas públicas e o incentivo a hábitos alimentares adequados são fundamentais para promover a segurança alimentar e nutricional no país.