Febre Oropouche: Pernambuco investiga 2ª morte de feto, relacionada ao vírus transmitido por insetos vetores. Medidas de prevenção são reforçadas.

Nesta terça-feira (23), Pernambuco contabilizou mais um caso de morte fetal relacionado à Febre Oropouche. Essa é a segunda morte registrada no estado que pode ser associada à doença, o que gerou preocupação e levou as autoridades de saúde a investigarem a relação entre a arbovirose e esses óbitos.

A gestante, moradora de Ipojuca, na Região Metropolitana do Recife (RMR), estava na 30ª semana de gravidez quando ocorreu o falecimento do feto. Após coletar amostras biológicas do tecido do feto, o Laboratório Central de Pernambuco (Lacen-PE) realizou análises laboratoriais utilizando a metodologia RT-PCR e constatou a presença do vírus da Febre Oropouche.

Este é o segundo caso de morte fetal associada à doença, sendo o primeiro ocorrido em Rio Formoso, na Zona da Mata Sul, também em uma gestante na 30ª semana de gestação. Além desses dois casos confirmados, outros dois estão em investigação para determinar se o vírus está presente nas amostras coletadas.

A relação entre a Febre Oropouche e a morte fetal é um fenômeno inédito na literatura científica e, por isso, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) está conduzindo as investigações em conjunto com outras instituições, como o Ministério da Saúde, Fiocruz, Instituto Evandro Chagas e Organização Pan-Americana de Saúde (Opas).

A SES-PE também emitiu recomendações de prevenção reforçada para as gestantes, mesmo não sendo possível determinar se a perda gestacional foi provocada pela infecção pelo vírus da Febre Oropouche. O vírus é transmitido por picadas do maruim e da muriçoca, sendo considerado uma arbovirose.

Em Pernambuco, foram identificados 82 casos confirmados de Febre Oropouche somente neste ano, com 10 novos casos confirmados na segunda-feira (22). O vírus foi isolado em pacientes de 13 municípios pernambucanos, destacando a importância de medidas de prevenção, como o uso de roupas que protejam a pele e a evitar exposição nos horários de maior atividade dos vetores.

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