O ex-presidente Donald Trump afirmou publicamente que Kamala Harris será uma adversária mais fácil de derrotar do que Biden. No entanto, a recente onda de apoio à vice-presidente, que é a primeira mulher negra a ocupar esse cargo nos EUA, tem preocupado o Partido Republicano. Nos últimos meses, o partido tem investido em se aproximar do eleitorado negro, considerado essencial para a disputa eleitoral.
Recentemente, mais de 44 mil mulheres negras participaram de uma reunião online organizada pela Win With Black Women, uma rede de líderes negras, e arrecadaram mais de US$ 1,5 milhão para a campanha de Kamala Harris. Além disso, outra convocação semelhante organizada pela Win With Black Men teve cerca de 45 mil participantes e arrecadou US$ 1,3 milhão para a campanha da democrata.
No entanto, nem todos os grupos endossaram automaticamente a candidatura de Kamala. O movimento Black Lives Matter pediu que o novo candidato democrata seja eleito por meio de uma votação primária, destacando a importância dos valores democráticos no processo de nomeação.
Kamala Harris, por sua vez, enfrenta desafios em relação às suas posições políticas e à falta de transparência em relação ao seu vice-presidente. Sua ascensão como potencial presidente também levanta questões sobre sua capacidade de governar o país. No entanto, ela conta com um apoio maior entre os eleitores negros, o que pode ser crucial em estados-chave como Geórgia, Carolina do Norte e Michigan.
A campanha de Kamala também pode se beneficiar de sua capacidade de transmitir mensagens importantes, como a defesa dos direitos ao aborto, e sua experiência como ex-promotora pode ajudar a rebater acusações criminais contra Trump. No cenário político atual, a identidade de Kamala e suas características únicas podem influenciar significativamente o resultado das eleições.
Portanto, a presença de Kamala Harris na corrida eleitoral representa um marco histórico, cujo desdobramento dependerá das estratégias, valores e apoio que ela conseguir reunir ao longo da campanha.