Por outro lado, o relatório aponta uma redução no número de crianças com atraso no crescimento, indicando uma mudança positiva global. A FAO destaca a importância do direito à alimentação adequada e a garantia de dignidade, saúde e bem-estar para todas as pessoas, especialmente as futuras gerações.
No entanto, o mundo ainda está distante de alcançar a meta de erradicar a fome até 2030, conforme estabelecido no Objetivo de Desenvolvimento Sustentável (ODS-2). A estimativa é que entre 713 e 757 milhões de pessoas tenham enfrentado a fome em 2023, com um aumento da prevalência global de subnutrição nos últimos anos, especialmente após a pandemia de covid-19. Os principais impulsionadores desse cenário incluem conflitos, mudanças climáticas, desacelerações econômicas e recessões.
A FAO destaca a importância do financiamento para a segurança alimentar e nutricional, ressaltando a necessidade de ações conjuntas para enfrentar a fome e a insegurança alimentar. O relatório aponta que a falta de uma solução comum em relação ao financiamento é um problema grave e urgente, afetando principalmente os países em desenvolvimento e as populações mais vulneráveis.
A FAO também ressalta a importância de parcerias público-privadas para complementar os esforços no combate à fome e desnutrição. A inação diante desse desafio pode acarretar custos sociais, econômicos e ambientais incalculáveis. O relatório será discutido em eventos como a Cúpula do Futuro e a Conferência Internacional sobre Financiamento para o Desenvolvimento, com o objetivo de encontrar soluções conjuntas para garantir a segurança alimentar e nutricional global.