Após mais de um ano e meio de negociações sem resultados satisfatórios com grandes empresas do setor como Activision, Disney, Electronic Arts e Warner Bros. Games, os atores decidiram tomar uma posição firme contra o abuso da IA em detrimento de seus membros. A presidente do SAG-AFTRA, Fran Drescher, conhecida por sua atuação na série dos anos 90 “The Nanny”, afirmou que é necessário um acordo que garanta condições dignas de trabalho para os artistas envolvidos na dublagem e movimentação de personagens de videogame.
Os cerca de 2.600 artistas afetados pela greve estão preocupados com o uso crescente da IA na criação de conteúdo e exigem proteções que garantam seus direitos diante desse avanço tecnológico. Duncan Crabtree-Ireland, negociador-chefe do sindicato, destacou a importância de uma postura firme diante das empresas de jogos que, segundo ele, não aprenderam com as lições da greve do ano passado liderada pelos atores e roteiristas em Hollywood.
Os produtores da indústria argumentam que houve avanços nas negociações e oferecem aumentos salariais e proteções relevantes contra o uso da IA nos videogames. Contudo, o sindicato decidiu pela greve, demonstrando sua determinação em buscar um acordo que atenda às necessidades e garantias dos atores. A maior preocupação dos membros do SAG-AFTRA é assegurar que o uso da inteligência artificial na indústria não prejudique seus direitos trabalhistas e a valorização de seu trabalho. A greve está marcada para começar em breve, e os desdobramentos desse movimento serão acompanhados de perto por todos os envolvidos na indústria de entretenimento.
Portanto, a mobilização dos atores de videogames em Hollywood reflete a busca por condições justas e igualitárias em um cenário marcado pelo avanço da inteligência artificial.