Na manhã desta quinta-feira, 25, Claudia passou por uma audiência de custódia, na qual foi determinado que ela permanecerá presa enquanto responde ao processo por sequestro de incapaz. A defesa da médica informou que ela é portadora de transtorno afetivo bipolar e está em tratamento psiquiátrico, alegando que, no momento do crime, Claudia estava em crise psicótica e não tinha capacidade de discernir a gravidade de suas ações.
A investigação da Polícia Civil revelou que o crime foi premeditado, pois uma grande quantidade de enxoval para bebê menina foi encontrada no veículo da médica. Além disso, ela entrou no Hospital de Clínicas da Universidade Federal de Uberlândia com um crachá da instituição e se passou por pediatra para enganar o casal de pais da recém-nascida.
Após o resgate da criança, o delegado Marcos Tadeu de Brito Brandão, da Polícia Civil de Minas Gerais, afirmou que o próximo passo é investigar todas as circunstâncias do crime. Ele esclareceu que a médica não tem histórico criminal em Minas Gerais e negou qualquer envolvimento dela em homicídios anteriores. No entanto, será investigado se houve falhas no sistema de segurança do hospital e também se a perda de uma gestação anterior pela suspeita teria influenciado o crime.
A Faculdade de Medicina da UFU, onde a médica assumiu um cargo de professora titular em abril, está conduzindo uma apuração interna para esclarecer os acontecimentos e possíveis responsabilidades. Este caso prova a importância de políticas mais eficazes de segurança em hospitais e a necessidade de maior atenção à saúde mental dos profissionais de saúde.
