Essa instalação ao longo da Avenida Mauá tem como propósito principal gerar uma reflexão sobre o desastre que deixou 182 mortos, milhares de desabrigados e paralisou o Estado por semanas. Apenas na capital, Porto Alegre, mais de 160,2 mil pessoas foram atingidas e cerca de 39,4 mil construções foram afetadas, mostrando a dimensão da tragédia ocorrida.
Os visitantes que passarem pelo local têm a oportunidade de fazer pedidos e, para aqueles que não puderem ir até lá, foi disponibilizada a opção de deixar uma mensagem online por meio do site do projeto. Essas mensagens podem ser projetadas em telas dispostas ao longo da avenida, ampliando a participação e o alcance da homenagem.
Além das velas que iluminam o muro, a instalação conta com imagens do Cavalo Caramelo, que se tornou símbolo de resistência ao sobreviver mais de 100 horas em cima de um telhado completamente alagado. Também foi lembrado o Negrinho do Pastoreio, figura folclórica da região que é conhecida por ajudar a encontrar pertences perdidos.
Com essa iniciativa, o Muro da Mauá se torna mais do que um simples painel de proteção contra enchentes, transformando-se em um espaço de memória e reflexão sobre a tragédia recente que marcou a região e a vida de tantas pessoas. A valorização da cultura local e o respeito às vítimas são ressaltados nessa homenagem que busca manter viva a memória dos que foram afetados pela enchente que assolou o Rio Grande do Sul.