A coqueluche, também conhecida como tosse comprida, é uma infecção respiratória causada pela bactéria Bordetella Pertussis. Os sintomas iniciais da doença são semelhantes aos da gripe, o que muitas vezes dificulta o diagnóstico precoce. A transmissão ocorre pelo contato com secreções de pessoas contaminadas, seja por objetos infectados ou gotículas expelidas durante a fala e a tosse.
Grupos mais vulneráveis, como bebês com até seis meses, são os mais propensos a desenvolver complicações graves decorrentes da coqueluche, como desidratação, pneumonia, convulsões e lesões cerebrais. Por esse motivo, a vacinação é fundamental para prevenir a doença. A vacina pentavalente, disponível gratuitamente pelo SUS aos 2, 4 e 6 meses de idade, é eficaz na prevenção da coqueluche.
Em 2024, o Brasil tem observado um aumento no número de casos de coqueluche, principalmente nos estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais. É importante ressaltar que a imunidade adquirida pela vacina não é permanente, e podem ser necessários reforços ao longo da vida. A infectologista Raquel Stucchi, da Sociedade Brasileira de Infectologia, destaca a importância da vacinação e ressalta a necessidade de seguir o calendário de imunização recomendado.
Diante desse cenário, é essencial conscientizar a população sobre a importância da vacinação contra a coqueluche e adotar medidas preventivas, como o uso de máscaras em casos de sintomas respiratórios e a busca por atendimento médico caso a tosse persista por mais de dez dias. A prevenção ainda é o melhor caminho para evitar a propagação dessa doença contagiosa e potencialmente grave.