Três búlgaros ligados à extrema direita são presos por vandalismo no Museu Shoah, em Paris, após pintar mãos vermelhas.

Três indivíduos de origem búlgara, ligados à extrema direita, foram presos sob a suspeita de terem vandalizado o Museu Shoah, em Paris, ao pintarem mãos vermelhas nas paredes do local no mês de maio. As autoridades anunciaram as prisões na última sexta-feira, revelando que dois dos suspeitos foram detidos na Bulgária, enquanto o terceiro foi capturado em um país membro da União Europeia.

De acordo com informações da agência de segurança nacional búlgara, o primeiro suspeito, de 35 anos, foi preso na capital Sofia, enquanto o segundo, de 27 anos, foi detido na cidade de Blagoevgrad, no sudoeste do país. Já o terceiro indivíduo foi capturado na Croácia, conforme fontes próximas à investigação.

Os três indivíduos, identificados como membros de grupos extremistas na Bulgária, são acusados de vandalizar o museu, em uma ação realizada na madrugada de 14 de maio. A agência de segurança búlgara está empenhada em identificar outros possíveis cúmplices e instigadores dos atos de vandalismo.

No total, foram identificadas cerca de 35 mãos vermelhas pintadas no Muro dos Justos, localizado em frente ao museu. Esse muro é dedicado a homenagear os homens e mulheres que ajudaram a salvar judeus durante a Segunda Guerra Mundial. Diante disso, a Procuradoria de Paris iniciou uma investigação judicial e emitiu um mandado de prisão europeu contra os suspeitos que fugiram do país.

O caso gerou repercussão internacional e demonstra a importância de combater atos de vandalismo e intolerância, especialmente em locais que preservam a memória de eventos históricos tão impactantes como o Holocausto. O desfecho dessas prisões será acompanhado de perto pela comunidade internacional em busca de justiça e responsabilização pelos atos cometidos.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo