A vice-presidente dos EUA ressaltou a importância de Israel se defender, mas também pontuou que a forma como essa defesa é conduzida é fundamental. Em uma atitude que representou uma mudança de tom em relação ao presidente Joe Biden, Kamala expressou sua preocupação com a situação humanitária em Gaza e afirmou que não ficará calada diante da terrível realidade que assola a região.
Durante o encontro, Harris enfatizou que Israel tem o direito de se defender e condenou veementemente os ataques do Hamas ocorridos em 7 de outubro. Ela também se comprometeu a buscar um acordo para um cessar-fogo e encerrar as hostilidades, além de garantir a libertação dos reféns israelenses em Gaza e fornecer ajuda humanitária ao povo palestino.
Prevendo um desfecho positivo para a situação em Gaza, fontes próximas à Casa Branca revelaram que um acordo de cessar-fogo estava próximo de ser concretizado, aguardando apenas a aceitação de Israel. O porta-voz de Segurança Nacional dos EUA, John Kirby, destacou a importância de superar as diferenças rapidamente para encerrar o conflito.
A viagem de Netanyahu a Washington ocorreu em meio a um momento conturbado na política americana, com um cenário em que ex-presidentes e atuais líderes se cruzam. Internamente, o premiê israelense também enfrenta pressão de diversos setores da sociedade, incluindo familiares dos sequestrados e parlamentares da oposição.
A reunião entre Biden e Netanyahu foi marcada por afagos mútuos, com o presidente dos EUA expressando gratidão ao primeiro-ministro por seu apoio constante a Israel ao longo dos anos. Ambos líderes destacaram a importância da cooperação entre os dois países e da busca por uma solução pacífica para o conflito em Gaza.