Presidente Maduro declara ex-presidentes “personas non gratas” e impede sua presença como observadores nas eleições na Venezuela.

O presidente da Venezuela, Nicolas Maduro, causou polêmica ao afirmar que os ex-presidentes Mireya Moscoso e Vicente Fox eram “personas non gratas” e não foram convidados para acompanhar as eleições do país. Maduro deixou claro que o Poder Eleitoral decide quem pode observar o processo eleitoral, excluindo assim os ex-presidentes latino-americanos.

A situação se agravou ainda mais com a viagem de um grupo de ex-presidentes latino-americanos convidados pela oposição venezuelana para observar as eleições presidenciais do país. A tentativa desses ex-líderes em exercer a função de observadores gerou tensões entre Panamá e Venezuela, culminando na restrição temporária de voos da companhia aérea panamenha Copa.

O ministro das Relações Exteriores do Panamá, Javier Martínez Acha, denunciou que o governo venezuelano bloqueou o espaço aéreo e impediu dois voos da Copa Airlines de decolar com passageiros notáveis a bordo. Esse incidente resultou na impossibilidade dos ex-presidentes embarcarem para a Venezuela para cumprir seu papel de observadores eleitorais.

O presidente do Panamá, José Raúl Mulino, corroborou a ação da Venezuela ao restringir os voos da companhia aérea, levando a uma intervenção direta do governo panamenho para garantir que a situação fosse resolvida. O Instituto Nacional de Aviação Civil (INAC) da Venezuela não comunicou oficialmente a restrição de voos, o que gerou ainda mais controvérsias entre os dois países.

Diante desse cenário de atritos diplomáticos, o governo panamenho deixou claro que é necessário respeitar os processos democráticos da Venezuela, mas não aceita que questões políticas interfiram nas operações de empresas panamenhas. A tensão entre Panamá e Venezuela permanece, enquanto o país sul-americano se prepara para as eleições presidenciais.

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