Eleição venezuelana: Oposição favorita enfrenta dúvidas sobre respeito aos resultados após 25 anos de ditadura de Maduro.

Os venezuelanos estão prestes a participar de uma eleição histórica no país, considerada a mais importante dos últimos 25 anos. Neste domingo (28), a população irá às urnas para escolher seu próximo líder, e pela primeira vez, a oposição é a favorita para vencer. No entanto, surgem dúvidas sobre se o atual presidente Nicolás Maduro irá respeitar os resultados das eleições.

Edmundo González Urrutia, apoiado pela líder antichavista María Corina Machado, é apontado pelas principais pesquisas como o favorito para vencer a eleição. Embora haja expectativa de que receba mais de 50% dos votos, existem institutos ligados ao chavismo que apontam resultados divergentes.

Durante todo o ano, o regime impôs novas regras e modificou outras para dificultar a participação da oposição no processo eleitoral. Um dos casos mais emblemáticos foi a inabilitação de Corina Machado, que havia vencido as primárias com uma vasta margem de votos.

A oposição, que se uniu pela primeira vez em 11 anos para a disputa, tem agora a chance de derrotar o chavismo, que está no poder há mais de duas décadas. Em 2018, a estratégia de boicotar a votação foi um fracasso e resultou na reeleição de Maduro. Agora, os oposicionistas estão determinados a vencer a ditadura.

No entanto, há denúncias de restrições e irregularidades no processo eleitoral. Milhões de venezuelanos que vivem no exterior foram excluídos do processo, e houve mudanças arbitrárias nos locais de votação, o que pode interferir no resultado final. O temor da oposição é que a fraude eleitoral impeça uma votação justa e livre.

Apesar dos obstáculos impostos pelo chavismo, a oposição está determinada a garantir a lisura do processo e a vitória nas urnas. A população aguarda ansiosamente pelo desfecho eleitoral que poderá mudar os rumos do país. A tensão e a expectativa são altas enquanto os venezuelanos se preparam para decidir o futuro de sua nação.

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