Os protestos se espalharam por várias partes do país, com centenas de pessoas indo às ruas e realizando panelaços em suas janelas. A reeleição de Nicolás Maduro, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), órgão ligado ao chavismo, foi contestada tanto pela oposição quanto por grande parte da comunidade internacional.
As imagens do momento em que a estátua de Hugo Chávez foi derrubada por manifestantes foram registradas e divulgadas. Logo em seguida, a coalizão opositora declarou o diplomata Edmundo González como o novo presidente da Venezuela, alegando fraude no pleito e apontando González como vencedor por 70% dos votos.
Os protestos se intensificaram ao longo do dia, com manifestantes queimando pôsteres de Maduro, carregando bandeiras e panelas, e gritando palavras de ordem contra o governo. O clima de insatisfação ficou evidente em diversas partes do país, com cidadãos expressando indignação com o que consideram uma eleição fraudulenta.
Enquanto o presidente Maduro denunciava as contestações como uma tentativa de golpe de Estado, tanto os manifestantes quanto diversos países, como Estados Unidos, Brasil e Colômbia, questionavam a legitimidade do processo eleitoral. O Centro Carter, um dos poucos observadores internacionais presentes, pediu transparência na divulgação dos resultados e detalhamento por seção eleitoral.
No meio de toda essa polêmica, a Venezuela se via dividida entre aqueles que reconheciam a reeleição de Maduro e aqueles que clamavam por justiça e transparência. O país assistiu à queda simbólica da estátua de Hugo Chávez como reflexo do descontentamento e da insatisfação popular. Enquanto alguns se mantinham em silêncio por medo de represálias, outros ousaram enfrentar o regime em busca de um futuro melhor. A incerteza pairava sobre o país, com a população dividida e os olhos do mundo voltados para a Venezuela em meio a uma crise política sem precedentes.