Segundo o relatório, o surto da doença teve início em 9 de julho e foi concluído em 25 de julho, atingindo uma ave. No entanto, o status do caso ainda constava como “em andamento” na plataforma da OMSA até a última sexta-feira (26), aguardando a análise e reconhecimento do órgão internacional de saúde animal.
A investigação epidemiológica realizada pelo Serviço Veterinário Oficial nas áreas próximas ao foco não identificou mais animais apresentando sinais clínicos da doença. Contudo, a causa do evento e a origem da infecção ainda permanecem desconhecidas ou inconclusivas.
O relatório também menciona a confirmação do foco da doença em uma granja de avicultura de corte, com o sequenciamento genético confirmando o vírus de Newcastle. Dos 14,4 mil animais da propriedade, mais de 6,5 mil morreram e cerca de 7,9 mil foram sacrificados.
O governo brasileiro comunicou à OMSA que todas as medidas de controle do foco foram cumpridas, incluindo a desinfecção do local, eliminação de carcaças, controle de movimentação dos animais, vigilância da zona restrita, zoneamento e rastreabilidade. Com a notificação sobre o fim do foco, o Brasil aguarda a retirada da suspensão por parte dos países importadores para retomar completamente as exportações de produtos avícolas.
O Ministério da Agricultura afirmou que continuará executando medidas de controle e vigilância na região afetada, com monitoramento da granja por 42 dias para garantir a ausência de circulação do vírus. Após esse período, se o resultado for negativo para a presença do agente patógeno, o aviário será liberado para operar novamente. As demais granjas da região serão liberadas seguindo protocolos específicos.
A doença de Newcastle é uma patologia viral que afeta aves domésticas e silvestres, causando sinais respiratórios seguidos por manifestações nervosas. Os últimos casos no Brasil foram registrados em 2006 em aves de subsistência em alguns estados, sem transmissão da doença entre humanos ou pelo consumo de produtos avícolas.