Ministério dos Povos Indígenas celebra chegada do manto Tupinambá ao Brasil em cerimônia no Museu Nacional do Rio de Janeiro

O Ministério dos Povos Indígenas está prestes a realizar uma cerimônia histórica para receber de volta ao Brasil o manto Tupinambá, que retornará ao país após mais de 300 anos na Dinamarca. O evento está sendo cuidadosamente planejado em parceria com o Museu Nacional e representantes do povo indígena Tupinambá, com previsão de acontecer no próprio Museu, localizado no Rio de Janeiro.

A peça, devolvida pela Dinamarca em julho deste ano, foi articulada por meio de esforços de instituições dos dois países, como a Embaixada do Brasil na Dinamarca, o Museu Nacional e lideranças Tupinambá da Serra do Padeiro e de Olivença, na Bahia.

Para garantir o respeito e a participação ativa da comunidade indígena, o Ministério dos Povos Indígenas realizou visitas às terras Tupinambá em abril deste ano, escutando e consultando lideranças locais sobre a importância do manto e sua relação com a comunidade. Além disso, está previsto um diálogo adicional em agosto para finalizar os detalhes da cerimônia.

O cronograma da cerimônia inclui a realização de uma primeira etapa de celebração, onde lideranças espirituais e pajés Tupinambá executarão atividades de acolhimento e proteção ao manto sagrado, seguida por uma cerimônia de apresentação ao público no dia 31 de agosto, com a presença de diversas autoridades e representantes internacionais.

O manto Tupinambá, composto por milhares de penas vermelhas de pássaros guará e com 1,80m de altura, estava ao lado de outros quatro mantos no Museu Nacional da Dinamarca. A devolução deste artefato ressalta a importância de restituir objetos culturais indígenas que foram levados para o exterior ao longo dos séculos.

O Ministério dos Povos Indígenas também está desenvolvendo recomendações e protocolos para garantir que outros artefatos culturais indígenas em museus nacionais ou estrangeiros sejam devolvidos de forma respeitosa e significativa, em um processo liderado pelo Grupo de Trabalho (GT) de Restituição de Artefatos Indígenas.

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