Maduro, abençoado por Hugo Chávez como seu sucessor, tem governado o país com mão de ferro há mais de uma década. Acusado de violações dos direitos humanos, ele tenta projetar uma imagem de homem comum, enfatizando sua origem humilde como ex-motorista de ônibus e sindicalista. Ao lado de sua esposa, Cilia Flores, uma figura poderosa nos bastidores, ele busca cultivar a imagem de “presidente trabalhador”.
Formado em Cuba, Maduro teve uma ascensão política meteórica, ocupando cargos de parlamentar, chanceler e vice-presidente de Chávez. Ao ser nomeado como sucessor por Chávez em 2012, muitos subestimaram sua capacidade de manter o poder. No entanto, ele se mostrou habilidoso em neutralizar resistências internas e sobreviver a crises econômicas e sanções internacionais.
Durante seu governo, Maduro enfrentou protestos violentos em 2014 e 2017, resultando em centenas de mortos e acusações de crimes contra a humanidade. Apesar das críticas e dos desafios, ele permanece firme no poder, apoiado pelas Forças Armadas e pelas forças de segurança do país.
Com um discurso anti-imperialista e uma postura autodeclarada como “marxista”, “cristão” e “bolivariano”, Maduro busca manter o equilíbrio entre políticas radicais e negociações internacionais. Ele tem utilizado a retórica religiosa e a realpolitik para fortalecer sua posição, mesmo diante de uma economia devastada e um cenário político conturbado.
Maduro, com seu “bigode indestrutível”, desafia as críticas e as adversidades, mantendo-se no poder e consolidando sua imagem de líder insubstituível na Venezuela.