Repórter Recife – PE – Brasil

Chefe das Forças Armadas da Venezuela reafirma apoio a Maduro e denuncia atos de sabotagem e terrorismo nas eleições.

Em meio a um contexto de crescente tensão na Venezuela, o chefe das Forças Armadas Nacional Bolivariana, Vladímir Padrino López, reafirmou sua “absoluta lealdade e apoio incondicional” ao presidente Nicolás Maduro. Em declaração feita nesta terça-feira (30), Padrino López destacou que Maduro foi legítima e democraticamente reeleito pelo Poder Popular, proclamado pelo Poder Eleitoral para o próximo mandato presidencial que vai até 2031.

O líder militar venezuelano classificou os protestos recentes no país como atos de terrorismo e sabotagem promovidos por uma estrutura internacional com o objetivo de desacreditar o processo eleitoral. Segundo Padrino López, essas manifestações são expressões de ódio e irracionalidade orquestradas por grupos políticos derrotados que buscam promover um golpe de Estado midiático, contando com o apoio do imperialismo norte-americano e seus aliados internos e externos.

Desde que o resultado das eleições foi anunciado, diversos atos questionando a vitória de Maduro foram registrados em várias partes da Venezuela. O Ministério Público do país informou que 759 pessoas foram presas, 48 policiais ficaram feridos e um membro da Guarda Bolivariana foi morto. Uma organização não governamental estimou que seis manifestantes foram mortos desde a última segunda-feira.

Padrino López denunciou que centros eleitorais, prédios públicos e privados, comandos militares e policiais, bem como símbolos da identidade nacional, foram destruídos durante os protestos. O chefe das Forças Armadas ainda destacou que os responsáveis por esses atos covardes estão sendo identificados, capturados e processados judicialmente.

O governo de Maduro acusa parte da oposição e países estrangeiros de estarem fomentando um suposto golpe de Estado contra o resultado eleitoral, enquanto a oposição e organismos internacionais questionam a transparência do pleito e pedem a divulgação das atas que permitiriam auditorias nos votos. A situação na Venezuela permanece tensa e polarizada, com apelos tanto para o respeito à soberania popular quanto para a transparência do processo eleitoral.

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