Índice de Preços do Aluguel (IGP-M) desacelera em julho, fechando o mês em 0,61%, segundo dados da FGV

O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), popularmente conhecido como inflação do aluguel, apresentou uma desaceleração na passagem de junho para julho, fechando o mês em 0,61%. O resultado é inferior ao índice registrado no mês anterior, que foi de 0,81%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da Fundação Getúlio Vargas, em evento realizado no Rio de Janeiro.

A desaceleração do IGP-M não significa que os preços caíram, mas sim que houve um aumento menos expressivo em comparação com o mês anterior. No acumulado de 2024, o índice atingiu a marca de 1,71%, e no período de 12 meses, alcançou 3,82%.

O cálculo do IGP-M é realizado a partir da combinação de três índices: o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA), que monitora os preços no atacado, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), que mede o custo da cesta de consumo das famílias, e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC), que reflete nos custos das obras.

De acordo com o coordenador da pesquisa, André Braz, os três componentes do IGP-M apresentaram desaceleração de junho para julho, mesmo em um cenário de desvalorização do real e aumento nos preços administrados, como gasolina e energia. Destaca-se a queda expressiva nos preços dos alimentos in natura, em ambas as medições ao produtor e ao consumidor, e a menor alta na mão de obra no âmbito do INCC.

A variação dos preços dos alimentos in natura teve um impacto significativo na desaceleração da inflação, assim como a diminuição nos preços de hortaliças e legumes. Apesar da desaceleração no mês de julho, o acumulado de 12 meses aumentou devido à saída da deflação de julho de 2023 da base de cálculo.

O IGP-M é utilizado como referência para o reajuste anual de muitos contratos de aluguel, sendo uma importante métrica para avaliação da inflação no Brasil.

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