Repressão na Venezuela: Casa Branca classifica como “inaceitável” a violência do governo de Maduro contra opositores e manifestantes.

A porta-voz da Casa Branca, Karine Jean-Pierre, expressou veementemente sua repulsa à repressão do governo venezuelano contra a oposição e os manifestantes que estavam protestando contra a reeleição do presidente Nicolás Maduro. Em uma coletiva de imprensa em Washington, Jean-Pierre afirmou que qualquer tipo de repressão política ou violência contra manifestantes e opositores é absolutamente inaceitável.

Os protestos que eclodiram em 17 dos 24 estados venezuelanos desde segunda-feira resultaram em quatro mortes, dezenas de feridos e mais de 700 detidos, incluindo menores de idade, de acordo com informações do Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos. O procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que os detidos que foram flagrados destruindo patrimônio público seriam processados por atos de terrorismo, acusação que também poderia atingir líderes opositores, como María Corina Machado.

Saab culpou a oposição por incitar o ódio e convocar a população a protestar, classificando tais atos como uma tentativa de incendiar sedes públicas e matar venezuelanos. Enquanto isso, líderes da oposição, como Freddy Superlano, do Vontade Popular, alertaram para uma escalada da repressão durante os protestos contra a reeleição de Maduro.

Diante dos fatos, cinco estátuas de Hugo Chávez foram derrubadas, e a destruição de monumentos e incêndios em prédios públicos foram registrados. As autoridades venezuelanas atribuem esses atos a grupos criminosos armados e afirmam que os protestos não foram espontâneos, mas planejados para buscar intervenção estrangeira.

O cenário político na Venezuela se agravou com a contestação do resultado eleitoral, no qual o CNE anunciou a vitória de Maduro para um terceiro mandato. A oposição alega que os números foram fraudados e pede uma auditoria completa dos votos, contando com o apoio de organizações internacionais e representações diplomáticas.

Nesse contexto de tensão pós-eleitoral, a ONU, o Brasil e outras entidades internacionais instam as autoridades venezuelanas a respeitarem o direito de protesto pacífico e a garantir transparência na apuração dos votos. A situação na Venezuela é considerada crítica, e o mundo aguarda por uma resolução que preserve a democracia e os direitos humanos no país.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo