Os distúrbios tiveram início após o anúncio da vitória de Nicolás Maduro na eleição do último domingo (28), que foi marcada por denúncias de fraude e convocações de protesto por parte da oposição. Diante da violência nas ruas, o presidente venezuelano questionou se tais atos eram pacíficos, provocando o alto comissário de Direitos Humanos da ONU, Volker Türk, que acusou o governo de fazer uso desproporcional da força contra manifestações pacíficas.
A situação na Venezuela tem gerado repercussões além das fronteiras do país. A vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, se manifestou nas redes sociais condenando a violência e ameaças contra manifestantes pacíficos. Enquanto o governo Maduro alega que os responsáveis são grupos organizados para cometer violência, lideranças políticas e organizações internacionais têm criticado as ações do governo, incluindo prisões em massa.
Diante do contexto de tensão, Maduro responsabilizou seus adversários políticos, Edmundo González e María Corina Machado, pelos atos violentos. Ele prometeu criar um fundo para ressarcir aqueles que tiveram prejuízos materiais devido aos distúrbios e tomar medidas para proteger as lideranças chavistas ameaçadas.
Apesar dos atos violentos, também foram registradas manifestações pacíficas no país, evidenciando a polarização política que permeia a Venezuela. Edmundo González e María Corina Machado se manifestaram pedindo o fim da repressão e respeito aos direitos humanos durante os protestos. A situação continua a evoluir, com desdobramentos ainda incertos e tensões crescentes entre governo e oposição.