O ataque que resultou na morte de Haniyeh ocorreu enquanto ele participava da posse do novo presidente iraniano, Masoud Pezeshkian, e foi atribuído tanto pelo movimento palestino quanto pelo governo iraniano a Israel. O líder supremo iraniano escreveu em suas redes sociais: “O regime sionista criminoso e terrorista martirizou nosso querido hóspede em nosso território e causou nossa dor, mas também preparou o terreno para uma punição severa”.
A morte de Haniyeh foi confirmada pela Guarda Revolucionária do Irã e pelo próprio Hamas, que prometeram retaliação. O grupo que governa Gaza afirmou que o assassinato do líder político não ficará impune, enquanto Musa Abu Marzuk, alto dirigente do Hamas, classificou o ato como covarde.
Apesar das promessas de vingança, houve acenos de moderação por parte do governo iraniano. O vice-presidente Mohammad Reza Aref declarou que Teerã não tem a intenção de responder ao ataque de Israel contra o líder do Hamas, sinalizando uma possível divergência entre o governo reformista recém-eleito e a liderança suprema da revolução.
O ataque que resultou na morte de Ismail Haniyeh foi um golpe para as negociações de paz na região, uma vez que ele desempenhava um papel político importante no Hamas. As circunstâncias exatas do ataque não foram totalmente esclarecidas, visto que Israel não se pronunciou sobre o ocorrido. Ainda assim, a morte de Haniyeh representa um momento de tensão e incerteza no Oriente Médio, com promessas de retaliação e um cenário geopolítico cada vez mais complicado.