Yahya Sinwar, líder do grupo desde 2017, é apontado como um dos responsáveis pelo ataque contra Israel em outubro, que resultou na morte de 1,2 mil pessoas e no sequestro de mais de 240 indivíduos. Sinwar, de 61 anos, nasceu no campo de refugiados de Khan Younis e entrou para a militância armada durante a ocupação de Israel na Faixa de Gaza.
Após passar por prisões por atividades islâmicas e homicídios, Sinwar se tornou um nome de destaque no Hamas, integrando o conselho político do grupo. Mesmo sendo considerado um terrorista pelos Estados Unidos, o líder do Hamas buscou contatos indiretos com Israel e a Autoridade Nacional Palestina, com o objetivo de promover a estabilidade e o bem-estar dos habitantes de Gaza.
Apesar de um passado marcado por ações duras e ataques, Sinwar enviou mensagens conciliatórias a autoridades israelenses, demonstrando um desejo de transformar Gaza em uma sociedade pacífica e funcional. Essa postura, segundo analistas, enganou Israel e fez parecer que o Hamas estava focado na estabilidade da região, reduzindo a perspectiva de guerra.
Ao longo dos anos, Sinwar trabalhou para melhorar as condições de vida dos habitantes de Gaza, buscando mostrar que o Hamas estava preocupado com questões civis e econômicas. Sua estratégia de desinformação acabou convencendo muitos israelenses de suas intenções pacíficas.
Assim, Yahya Sinwar se consolidou como uma figura controversa, que oscila entre a luta armada e a busca por estabilidade na região. Sua morte é mais um episódio de violência em meio ao cenário tenso do Oriente Médio, que agora aguarda os desdobramentos dessa perda para o grupo Hamas e para a região como um todo.