Chefe da diplomacia dos EUA afirma que o candidato opositor derrotou Nicolás Maduro na Venezuela em eleição contestada

O diplomata dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, fez declarações contundentes nesta quarta-feira diante da Organização dos Estados Americanos (OEA) sobre a eleição presidencial na Venezuela. Nichols afirmou que o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, derrotou o presidente Nicolás Maduro nas urnas, contrariando os resultados proclamados pelo atual governo.

Segundo Nichols, as atas eleitorais compartilhadas por organizações da sociedade civil e pela oposição revelam que González Urrutia venceu com uma margem significativa de votos em relação a Maduro. De acordo com o diplomata, os dados apontam que o candidato opositor obteve 67% dos votos, enquanto Maduro ficou com apenas 30%.

A contestação dos números oficiais não se limitou ao âmbito nacional. O Centro Carter, organização internacional que atuou como observadora na eleição venezuelana, também afirmou que o pleito não atendeu aos padrões democráticos. Em seu comunicado, o Centro Carter destacou a falta de imparcialidade na contagem dos votos e questionou a legitimidade do resultado proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) da Venezuela.

A polêmica em torno da eleição presidencial venezuelana gerou reações em diversos países. O Brasil, por meio de seu Ministério das Relações Exteriores, pediu transparência na divulgação das atas eleitorais. Além disso, o secretário-geral da ONU, António Guterres, instou o governo de Maduro a contar os votos de forma transparente, enquanto líderes da União Europeia e de nove países latino-americanos exigiram uma revisão completa dos resultados.

Enquanto a controvérsia sobre o resultado eleitoral persiste, a Venezuela enfrenta uma onda de protestos nas ruas. Milhares de manifestantes exigem a saída de Maduro do poder e denunciam a falta de democracia no país. Os confrontos entre manifestantes e forças de segurança já deixaram várias vítimas e levaram o governo a declarar estado de emergência.

Diante desse cenário de instabilidade política e social, a comunidade internacional observa com atenção os desdobramentos na Venezuela e aguarda por uma solução pacífica e democrática para a crise eleitoral no país.

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