“Estou escrevendo isto da clandestinidade, temendo por minha vida, por minha liberdade”, disse Machado em seu artigo. Ela pediu o fim imediato da repressão aos protestos contra a reeleição de Maduro, que classificou como fraudulenta. A dirigente da oposição alertou para a violência do Estado, que já teria causado a morte de 20 venezuelanos, além de mais de 1.000 detenções e 11 desaparecimentos forçados.
Diante desse cenário de repressão e desrespeito aos direitos humanos, organizações internacionais de defesa dos direitos humanos estão alertas. Segundo relatos, a repressão aos protestos resultou em onze mortes e 711 detidos. Maduro, por sua vez, acusou Machado e o candidato opositor, Edmundo González Urrutia, de serem os responsáveis pela violência e os chamou de “assassinos”.
Apesar da reeleição de Maduro para um terceiro mandato com 51% dos votos, a oposição contesta os resultados e afirma que González Urrutia recebeu 67% dos votos. Machado e González Urrutia têm enfrentado a perseguição do governo de Maduro, que busca silenciar as vozes dissidentes.
A situação de María Corina Machado ilustra a delicada situação política e social que a Venezuela enfrenta. Em um apelo à comunidade internacional, a líder opositora pediu solidariedade ao povo venezuelano na luta por liberdade e democracia. Enquanto isso, Machado permanece na clandestinidade, em busca de segurança e de uma solução para a crise que assola seu país.