Prefeita de Saquarema afastada por improbidade administrativa e bloqueio de bens: caos na administração pública é revelado

A prefeita de Saquarema, Manoela Ramos de Souza Gomes Alves, enfrenta um afastamento de 90 dias determinado pela Justiça do Rio de Janeiro, além do bloqueio de seus bens por improbidade administrativa. A decisão foi tomada pelo desembargador Marco Antonio, que destacou a necessidade de uma explicação minuciosa para evidenciar a situação caótica em que a administração pública da cidade se encontra, possivelmente resultando em prejuízos aos cofres municipais.

O vice-prefeito Rômulo Carvalho de Almeida, representando o Município de Saquarema, moveu uma ação de improbidade administrativa contra Manoela Peres e outros 14 réus, alegando sérios danos ao erário devido a contratos direcionados e ilícitos, muitas vezes fiscalizados por membros das próprias empresas prestadoras de serviço. Um exemplo citado foi o Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Inovação (IDPI), responsável por gerir uma quantia expressiva de R$ 326 milhões, sendo a única proposta em uma licitação e contando com a participação de parentes da prefeita.

Segundo o juízo de primeira instância, houve favorecimento econômico-financeiro a uma suposta ‘Família Peres’, envolvendo empresas, funcionários municipais e a própria prefeita em ações coordenadas para desviar dinheiro público. A investigação ainda apontou casos de assédio moral contra servidores que se opusessem ao grupo político da prefeita, dificultando a fiscalização dos contratos.

Diante dos indícios de participação da prefeita nos atos de improbidade administrativa, o desembargador determinou seu afastamento imediato do cargo pelo prazo de 90 dias. Durante esse período, o vice-prefeito Rômulo Gomes assumirá a prefeitura de Saquarema. A situação reforça a importância da transparência e da responsabilidade na gestão dos recursos públicos, visando garantir a integridade e a legalidade das ações administrativas.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo