Subsecretário dos EUA afirma que candidato oposicionista na Venezuela recebeu mais votos que Maduro, pressionando regime e ampliando debate internacional.

Em uma reviravolta surpreendente na cena política da Venezuela, o subsecretário de Estado dos EUA para o Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, lançou uma bomba ao afirmar que o candidato oposicionista, Edmundo González Urrutia, recebeu mais votos do que o presidente Nicolás Maduro nas eleições realizadas no último domingo. Nichols baseou sua afirmação em atas divulgadas pela oposição, desencadeando uma pressão intensa sobre as autoridades venezuelanas, que clamaram a vitória de Maduro.

Durante uma reunião na Organização dos Estados Americanos (OEA) em Washington, Nichols fez a declaração mais direta até o momento, declarando que González derrotou Maduro por milhões de votos de diferença. Ele ressaltou a importância das atas divulgadas pela oposição, apontando uma disparidade evidente a favor de González. Esses números têm sido amplamente divulgados pela internet, apesar das tentativas do regime de bloqueá-los.

Ao aceitar as atas da oposição como válidas, Nichols enfatizou que González alcançou uma porcentagem significativa de votos, superando esmagadoramente Maduro. O diplomata não indicou se esse reconhecimento pode levar a uma aceitação de González como presidente eleito, nem se os Estados Unidos planejam aplicar sanções adicionais contra Caracas.

A declaração de Nichols ocorreu após uma conversa entre o presidente dos EUA, Joe Biden, e o ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que destacaram a importância da transparência nos resultados eleitorais na Venezuela. A comunidade internacional, incluindo o Peru, tem pressionado por uma divulgação transparente das atas individuais das seções eleitorais para validar o processo eleitoral no país.

Enquanto Maduro promete entregar as atas, ele também ameaça prender líderes opositores que contestam os resultados. A situação continua tensa no país, com protestos e prisões em massa. A reunião da OEA foi marcada pela rejeição de uma resolução que exigia transparência do governo venezuelano. Apesar da pressão internacional, Maduro insiste em sua vitória, enquanto a comunidade internacional permanece dividida em relação ao reconhecimento do resultado das eleições.

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