Candidato de oposição falta à audiência do TSJ na Venezuela e Maduro o chama de candidato do fascismo

Na tarde desta sexta-feira (2), o candidato de oposição a Nicolás Maduro à presidência da Venezuela, Edmundo González, não compareceu à audiência do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ). Os dez candidatos convocados para a eleição presidencial do país foram chamados para iniciar a verificação da apuração dos resultados da votação realizada no último domingo (28).

Após a audiência, o presidente reeleito Nicolás Maduro questionou a ausência de González, a quem chamou de “candidato do fascismo”. Maduro expressou perplexidade com a falta de comparecimento de González e questionou o que exatamente o candidato planejava ao se esconder e não respeitar as instâncias eleitorais e judiciais do país.

Durante a audiência, os demais candidatos à presidência concordaram em assinar e se comprometer a acatar a decisão da Câmara Eleitoral do TSJ, que irá investigar as atas e determinar o vencedor das eleições. A única exceção foi Enrique Márquez, que alegou desconhecer a razão da convocação.

Nicolás Maduro afirmou que está pronto para cumprir todas as exigências legais e disponibilizar todas as atas necessárias para revisão pelo Tribunal de Justiça. O presidente reafirmou seu compromisso com o respeito à Constituição venezuelana.

Durante a tarde, o Conselho Nacional Eleitoral divulgou o segundo boletim oficial da eleição, com 96,87% das urnas apuradas. De acordo com os dados apresentados, Nicolás Maduro liderava com 51,95% dos votos, contra 43,18% de Edmundo González. A oposição contestou o resultado e publicou supostas atas eleitorais em um site que indicam a vitória de González.

Diante desse cenário, a incerteza política na Venezuela continua em meio a críticas e contestações sobre o processo eleitoral. O país aguarda as próximas decisões judiciais para definir o futuro político de sua nação.

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