Catar realiza enterro de líder do Hamas morto em ataque atribuído a Israel em Teerã, aumentando temores de escalada regional.

O mundo se encontra em alerta com a morte do líder do Hamas, Ismail Haniyeh, vítima de um ataque em Teerã, atribuído a Israel. O Catar, país que serve de abrigo para diversos líderes do grupo islâmico, organiza nesta sexta-feira o enterro de Haniyeh, em meio a temores de uma possível escalada regional do conflito em Gaza.

O corpo do líder político do Hamas chegou à mesquita Imam Muhammad bin Abdul Wahhab, a maior do Catar, localizada na cidade de Doha. A cerimônia fúnebre será realizada na mesquita, seguida pelo enterro de Haniyeh em um cemitério em Lusail, ao norte de Doha. O evento contará com a presença de líderes árabes, islâmicos e representantes de outras facções palestinas, sendo aberto ao público.

Haniyeh e um de seus seguranças foram vítimas do ataque em Teerã, segundo informações da Guarda Revolucionária do Irã. O Hamas e o governo iraniano atribuíram o ataque a Israel, que não se pronunciou diretamente sobre o ocorrido. No entanto, o país reivindicou um bombardeio prévio em Beirute, capital do Líbano, que resultou na morte do comandante militar do Hezbollah, aliado do Hamas.

A região do Oriente Médio se encontra em tensão, com Israel preparado para possíveis represálias. Enquanto o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, declarou uma resposta “inevitável” ao bombardeio em Beirute, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, assegurou que o país está preparado para qualquer cenário, defensivo ou ofensivo.

Enquanto o mundo aguarda por desdobramentos, o Catar, que abriga o gabinete político do Hamas, enfrenta um dilema na mediação de um possível cessar-fogo em Gaza. Com Haniyeh morto, o papel crucial do líder na negociação coloca em dúvida o sucesso do processo. A comunidade internacional pede calma e apela por um fim das hostilidades na região, diante do custo humano elevado que o conflito tem gerado.

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